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Como a crença do líder impacta a operação



A liderança exerce uma grande influência na cultura dos times e organizações, um assunto amplamente discutido em livros, palestras e cursos. No entanto, raramente a gente considera como essa influência afeta diretamente a forma com que a empresa opera.

 

Sabemos que a cultura organizacional, formada por valores e comportamentos compartilhados, é fundamentalmente moldada pela liderança, que estabelece padrões por meio de suas ações e forma de se comunicar, criando um ambiente que reflete suas crenças. Mas não só a cultura é influenciada, como as estruturas, processos e sistemas, ou seja, seu modelo operacional.

 

Uma ilustração dessa influência pode ser observada em líderes que acreditam que “o mundo está em constante evolução”. Eles geralmente promovem um modelo operacional que conta com uma grande área de pesquisa e desenvolvimento ou sistema de reconhecimento a quem trouxer novas e boas soluções.

 

No entanto, o problema surge quando as crenças da liderança, ao invés de impulsionar a organização em direção aos seus objetivos, acabam por atrapalhar seu progresso. 

 

Um exemplo seriam líderes que possuem a crença “só confio em quem conheço bem”. Geralmente, eles beneficiam um grupo restrito de pessoas próximas e não dão autonomia para os times.

 

Eu mesma já tive um cliente sonhador e idealista, que investia muito em processos e rituais de integração de seu propósito e valores junto ao time. Ao mesmo tempo, ele não possuía uma crença forte em resultado e prestação de contas. Por conta disso, volta e meia estavam aquém dos objetivos de negócio estabelecidos.

 

O que acontece é que muitas vezes há uma falta de consciência da liderança sobre seus impactos na organização, ou até mesmo uma resistência em reconhecer o efeito negativo de suas crenças na cultura e no modelo operacional. 

 

Essa falta de flexibilidade pode resultar em um descompasso entre a cultura e os objetivos estratégicos da empresa, criando obstáculos ao invés de impulsionadores do sucesso.

 

Sendo assim, o primeiro passo é a liderança reconhecer essa influência. Dai em diante é entender quais padrões não estão a serviço do negócio, e criar diferentes estratégias para cuidar dessas necessidades, mas, ao mesmo tempo, promover as mudanças necessárias.

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