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Por que a sua equipe tem medo de tomar decisões?

A ideia de liberdade parece atraente à primeira vista, mas ela também traz peso. Vejo em muitos times, os colaboradores resistindo em tomar decisões importantes ou em se sentir responsáveis pelas suas escolhas, mesmo quando têm todas as condições de fazê-lo. Mas, por que essa resistência? O que está por trás dessa dificuldade em assumir o controle da própria autonomia? 

No olhar do autor Eric Fromm, em muitos casos, estamos lidando com um medo profundo da liberdade - um medo que se manifesta quando as pessoas, ao invés de se sentirem capacitadas, têm pavor das responsabilidades que vêm com a autonomia. E por que isso acontece? Talvez seja reflexo de um modelo de educação excessivamente controladora, onde a liberdade de escolher foi minada desde cedo. 

Nas organizações, vemos como as estruturas autoritárias, práticas de gestão rígidas e a falta de espaço para experimentação acabam cultivando um comportamento de conformidade. E isso nos impede de ter profissionais autônomos, dispostos a tomar decisões e a lidar com as consequências. É mais fácil seguir um caminho já traçado, evitando as responsabilidades, do que assumir o risco da liberdade de escolha. 

O medo de se responsabilizar muitas vezes está associado a um sistema de crenças que nos ensina que a responsabilidade é uma carga pesada e que é mais seguro seguir a corrente. Isso cria um ciclo vicioso: a organização cria um ambiente onde decisões são tomadas por líderes que parecem ter todas as respostas, e os colaboradores se tornam dependentes desse modelo. Eles não aprendem a lidar com a complexidade, a incerteza ou, pior ainda, com as consequências de suas próprias escolhas. 

Esse padrão também está ligado a uma falsa sensação de segurança. Quando tudo é imposto, não precisamos enfrentar a realidade de nossas limitações ou do que realmente queremos alcançar. Em vez disso, nos sentimos protegidos pela falta de responsabilidade. Mas, no fundo, sabemos que isso não nos leva a lugar algum. Ou pior: leva a uma estagnação onde a verdadeira inovação não acontece, e a capacidade de adaptação fica cada vez mais comprometida. 

A liberdade vem de dar espaço para que as pessoas se arrisquem, se responsabilizem e, sim, se frustrem de vez em quando. Isso exige, antes de tudo, um compromisso com o autoconhecimento e a coragem de ir além da segurança que o controle parece nos oferecer. 

A verdadeira liderança não vem de quem toma todas as decisões, mas de quem cria um ambiente onde os outros se sintam confortáveis para tomar suas próprias decisões. Isso, claro, implica aceitar que as coisas podem dar errado. Não estamos mais no mundo das respostas prontas, mas no mundo da experimentação e da adaptação constante. 

E você, o que você está disposto a fazer para conquistar sua liberdade, dentro e fora da sua organização?


 
 
 

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