Mais um ano, mais um plano. E, no final do período, a grande conquista, aquela que vai fazer você e seu time passarem de fase no jogo e assim inaugurar uma nova fase.
Felizmente, um bom plano contém pistas de como construir essa grande conquista. Sim, são pistas pois, não se engane: até o líder mais visionário é capaz de captar o que está emergindo, mas não de prever o futuro com exatidão.
E, sim, a conquista deve ser construída. Ela não está pronta em algum lugar esperando a sua chegada. E, se o futuro é incerto, cabe a você, líder, o manejo deste plano no rumo intencionado.
Mas atenção! Se a convocação ao líder não pareceu estar direcionada a você, não abandone esta leitura ainda. A liderança a que nos referimos não está associada a cargos ou hierarquia específicas. A liderança que convocamos é aquela que está ao alcance de cada um, de pensar criticamente e agir no seu máximo alcance. Afinal, a próxima fase da sua liderança é também parte da sua construção.
Então vamos lá. Todo plano estratégico carrega uma pergunta escondida, que não está escrita em lugar nenhum (eu pelo menos nunca vi), mas que deve estar sempre na cabeça do líder: o que está faltando?
Não se trata de ter uma visão pessimista, do copo meio vazio. Mas de uma atenção constante ao que fazer, ao que prover, ao que promover, para cumprimento do plano estratégico. Em outras palavras, o que eu posso de melhor aportar para a nossa performance coletiva: a entrega de algo que me foi designado, a proposta de incremento a um processo ou projeto, o feedback a uma pessoa para aprimoramento do desempenho, ou, quem sabe, abrir um momento para juntos atentarmos a algo que precisa ser discutido ou cuidado.
Qual seja a sua resposta, sua liderança estará em tomar para si essa perspectiva e encarregar-se de checá-la e realizá-la, seja individualmente ou solicitando a ajuda de outros.
E como liderança não tem fórmula pronta, invariavelmente um elemento se somará à receita: o imprevisto. É aí que sua rotina passa a parecer um quadro do ‘se vira nos 30’. Improvisos, desgaste emocional, aceleração. E os 30, viram 60, 90, 120, dor de cabeça, estresse, burnout… cadê o plano que estava aqui? Mas se não podemos evitar os imprevistos, podemos nos preparar para eles. É aí que lançamos mão do manual de contingência. Algumas seções pertinentes a este manual:
como criar experimentos ágeis para a solução de problemas;
como preparar a liderança e o time para lidar com a incerteza;
como desenvolver estruturas (rituais, acordos, ferramentas) para apoiar a navegação na incerteza.
Se você ainda não tem diretrizes para estas questões, converse com seus pares e time e organize as informações para que você possa melhor acessá-las quando o imprevisto se manifestar. E, se isso não for suficiente, entre em contato com a gente.
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