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Foto do escritorCarolina Fernandes

As mudanças por aí estão gerando tensões? Ótimo!

Esse artigo poderia ser sobre conflitos, mas não é. A tensão que a gente está falando aqui é a do movimento de tração, da física. No ambiente organizacional chamamos de tensão a diferença entre a situação atual de uma organização e a situação em que ela gostaria de estar.


Para uma organização estar realmente preparada para navegar na incerteza, ela precisa ter a capacidade de identificar e gerir as tensões presentes. 


Vamos te explicar melhor. Nos modelos clássicos de gestão, problemas são vistos como obstáculos a serem superados. Aí, nossa resposta usual a desafios é simplificar, padronizar e impor estruturas rígidas, para que as soluções funcionem como previsto.


A gestão de tensões, por sua vez, é uma abordagem que se contrapõe a essa rigidez, oferecendo uma visão clara  e constante das dinâmicas de uma organização.


Ela funciona como um raio-x, revelando intencional e sistematicamente as tensões que permeiam relações, identidade, estruturas e processos. Ela busca não eliminar as necessidades de mudança, mas compreendê-las e sugerir encaminhamentos de forma colaborativa. 


No contexto de mudança organizacional que muitos de vocês estão vivenciando, o mapeamento de tensões pode gerar insights sobre as dinâmicas internas que podem estar impedindo uma implementação bem-sucedida do planejamento estratégico, por exemplo. Ele pode revelar, por áreas específicas, onde há conflitos, resistência à mudança ou falta de alinhamento estratégico. A partir daí, o time pode traçar hipóteses e fazer intervenções específicas, que incluem treinamento, comunicação, papéis, rituais ou outras ações.


Reconhecer as oportunidades nas tensões organizacionais e manter a organização em constante adaptação, faz com que a gestão por tensão não seja apenas uma ferramenta, mas uma abordagem transformadora, desvendando caminhos ágeis, inovadores e que nos preparam para enfrentar qualquer situação.

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