Por Ivy Frizo
O surgimento da Inteligência Artificial (Texto de autoria da IA)
A inteligência artificial (IA) é uma área de estudo que tem sido desenvolvida por várias décadas. A IA tem seu início na década de 1950, quando matemático britânico, Alan Turing, publicou seu artigo “Computing Machinery and Intelligence”, que definiu o que hoje é conhecido como o “Teste de Turing”. O teste de Turing afirma que se um computador conseguir enganar um observador humano, então esse computador pode ser considerado “inteligente”.
Desde então, o campo de estudo e pesquisa em IA tem evoluído muito. Uma variedade de técnicas foram desenvolvidas, incluindo aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural, reconhecimento de voz e imagem e raciocínio baseado em conhecimento.
Estas técnicas foram usadas para criar sistemas que conseguem aprender com o seu ambiente, tomar decisões racionais e se adaptar às mudanças em seu ambiente. A popularização da internet e a crescente capacidade de processamento de dados permitiram a criação de sistemas de IA cada vez mais avançados, podemos citar 7 ferramentas como exemplos:
O Chat GPT é um tipo de chatbot baseado no sistema algoritmo Generative Petrained Transformer 3, que usa inteligência artificial para realizar conversas com humanos. Os chatbots GPT são treinados usando dados de linguagem natural, o que lhes permite produzir textos, responder de forma inteligente às perguntas e comandos dos usuários, mantendo um padrão semelhante a uma conversa humana.
Synesthesia é uma ferramenta de inteligência artificial para criação de vídeos a partir de textos. O banco de dados da plataforma conta com mais de 100 idiomas.
Copy.ai é uma ferramenta para produção de conteúdos a partir de escrita criativa.
Midjourney ferramenta para criação de imagens a partir de comandos textuais.
Magic Studio é uma ferramenta para edição de imagens, com possibilidade de remoção de fundos, objetos indesejados e melhoria da qualidade das fotos.
LanguageTool é um corretor ortográfico inteligente, que corrige desde erros de escrita até estrutura gramatical.
A IA e a 4ª Revolução Industrial
A IA é considerada uma das principais forças por trás da atual 4ª Revolução Industrial, juntamente com outras tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), a robótica e a biotecnologia. A 4ª Revolução Industrial está transformando a forma como produzimos, trabalhamos e nos relacionamos, e a IA está no cerne dessas mudanças.
Benefícios da Inteligência Artificial
A utilização da IA traz inúmeros benefícios, tais como:
Melhoria da eficiência: Sistemas de IA são capazes de processar grandes quantidades de dados em questão de segundos, o que permite a identificação de padrões e tendências que seriam impossíveis de serem detectados por seres humanos.
Tomada de decisões mais precisa: Algoritmos de IA são capazes de analisar dados de forma objetiva, o que ajuda a tomar decisões mais precisas e acertadas.
Personalização: Sistemas de IA são capazes de entender as necessidades individuais de cada pessoa e fornecer recomendações personalizadas, sejam elas relacionadas a produtos, serviços ou conteúdos.
Ajuda em tarefas repetitivas: A IA pode ser usada para automatizar tarefas repetitivas e tediosas, liberando tempo para que os seres humanos possam se concentrar em tarefas mais importantes e criativas.
Diagnóstico médico preciso: A IA pode ser usada para analisar imagens médicas, como radiografias e tomografias, e ajudar no diagnóstico de doenças.
Riscos da Inteligência Artificial
Apesar dos inúmeros benefícios, a utilização da IA também traz alguns riscos, tais como:
Perda de empregos: A automatização de tarefas pode levar à perda de empregos em algumas indústrias.
Discriminação: Algoritmos de IA são baseados em dados, e se esses dados estiverem contaminados por preconceitos, isso pode levar à discriminação.
Violação da privacidade: Sistemas de IA coletam e armazenam grandes quantidades de dados pessoais, o que pode representar um risco à privacidade das pessoas.
Erros de decisão: Embora os algoritmos de IA sejam capazes de tomar decisões mais precisas do que seres humanos em muitos casos, eles também podem cometer erros devido a falhas em sua programação ou falta de dados.
Impacto na indústria de trabalho
A IA está tendo um impacto significativo na indústria de trabalho, e algumas pessoas temem que a automatização de tarefas possa levar à perda de empregos. No entanto, a verdade é que a IA está criando novas oportunidades de trabalho e mudando a forma como trabalhamos.
Por exemplo, enquanto algumas tarefas repetitivas podem ser automatizadas, outras tarefas, como o desenvolvimento de algoritmos de IA e a implementação de sistemas de IA, requerem mão de obra humana altamente especializada. Além disso, a IA está permitindo que as pessoas trabalhem de forma mais eficiente e produtiva, liberando tempo para se concentrarem em tarefas mais criativas e significativas.
Conclusão
A Inteligência Artificial é uma tecnologia em constante evolução que está mudando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Embora haja riscos associados à sua utilização, também há inúmeros benefícios, incluindo melhoria da eficiência, tomada de decisões mais precisas e novas oportunidades de trabalho. A IA é considerada uma parte importante da quarta revolução industrial, e é provável que tenha um impacto ainda maior no futuro.
No entanto, é importante que as pessoas estejam conscientes dos riscos e trabalhem para garantir que a IA seja usada de forma responsável e ética. Isso inclui acompanhar o desenvolvimento da tecnologia, garantir que seus dados pessoais estejam protegidos e trabalhar para evitar a discriminação e outros erros indesejados.
Ao abraçar a IA de forma responsável, podemos aproveitar todo o seu potencial para melhorar nossas vidas e criar um futuro melhor para todos.
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Análise crítica por Ivy Frizo
A única ferramenta utilizada para a elaboração deste artigo foi o Chat GPT, logo minha análise será direcionada exclusivamente a esse software de inteligência artificial. Confesso que, quando li o artigo finalizado, me senti aliviada por constatar que o uso da ferramenta havia economizado dias de trabalho. Entretanto, as problematizações humanas, demasiadamente humanas, começaram a surgir e é sobre elas que vou tratar.
Minha percepção foi de um discurso superficial. Utilizei um comando para aprofundar o tema, porém senti que o Chat GPT começou a repetir os pontos elencados ao invés de aprofundar as questões. Isso se deve ao fato de que o software é treinado com conteúdos existentes na rede até o ano de 2021 e funciona como um compressor de informações, logo é natural que ele produza uma síntese da visão geral sobre o tema. Para conseguir um aprofundamento talvez eu precisasse mudar a perspectiva das perguntas e explorar o assunto por meio de subtópicos.
Além do aspecto superficial e generalista, vão haver erros e informações contraditórias, assim como encontramos na rede. Logo, uma revisão e uma checagem dos dados, pós-produção, é imprescindível. O agravante é que o fato do chatbot ser baseado em um sistema iLLMs (interactive Large Language Models) de linguagem natural faz com que a interação semântica soe muito natural, como uma conversa com alguém que você conhece e confia. Isso dificulta a identificação das informações inverídicas. Ou seja, o aperfeiçoamento da linguagem natural pode dificultar o discernimento e a identificação das informações equivocadas. Em última instância, os chatbots podem se tornar forças motoras da desinformação, intensificando a produção de fake news e a manipulação de massas. Pattie Maes, professora do MIT e fundadora de um grupo de pesquisas sobre aprimoramento de habilidades cognitivas e a comunicação através do uso de máquinas, tem desenvolvido experimentos para entender como as pessoas estão consumindo conteúdos produzidos por inteligência artificial e afirma que os resultados são preocupantes. De acordo com Maes: “A internet vai ser inundada por muito mais lixo travestido de conteúdo sério, convincente“.
Por mais que uma revisão seja de extrema importância, ainda assim, o fato de que a produtividade pode aumentar, em várias áreas, é incontestável. A pergunta é: vamos conseguir usar isso a nosso favor estando inseridos em um sistema econômico baseado no acúmulo de capital, que considera que tempo é dinheiro? Ou vamos ter índices ainda maiores de depressão e burn out por conta do acúmulo de cargos e trabalhos?
Uma questão polêmica, relacionada ao tema, é o uso de dados e a falta de regulamentação. Os chatbots são alimentados por dados de usuários. Esta forma de operação pode levar a problemas de privacidade, exposição, manipulação de dados e personalização de conteúdo. Ainda não há regulamentações que amparem e protejam as pessoas usuárias. E a velocidade de elaboração de políticas de regulamentação nem sempre acompanha a evolução dos aparatos tecnológicos. Atualmente, a União Europeia planeja estabelecer um conjunto de regras de utilização da IA até março, com o intuito de aprovar o texto final ainda este ano. Por outro lado, os Estados Unidos ainda estão educando os integrantes do Congresso, por meio de um grupo de especialistas.
Outro ponto de extrema importância, que não pode ficar fora desta análise, é a possibilidade de uma grande diminuição de postos de trabalho, principalmente dos cargos geralmente ocupados por trabalhadores da base da pirâmide social. Esse fenômeno está acontecendo e ficou conhecido como “desemprego tecnológico”. Trabalhadores das áreas de atendimento ao público e prestadores de serviço já estão vivenciando esta realidade e ela vai se intensificar. De acordo com um estudo da Oxford (2013), que envolveu mais de 702 profissões, 47% dos empregos da Inglaterra correm risco de sumir até 2030.
Por outro lado, já é sabido que algumas habilidades humanas são insubstituíveis. Como por exemplo, o pensamento crítico, que me fiz valer para escrever esta análise. As habilidades criativas, o senso crítico, a sensibilidade que permite a percepção do sutil, tudo isso continua sendo necessário e é melhor desempenhado pelo ser humano. Além disso, para a utilização da IA será necessária a criação de uma série de empregos que não existem hoje, que vão demandar capacidade de fazer as perguntas certas, treinar, preparar e dar os comandos necessários para a IA. As pessoas mais otimistas afirmam que temos mais a celebrar do que temer. Se a inteligência artificial ocupar os postos de trabalho que poderiam ser automatizados, teremos mais tempo livre, eficiência e demandas por postos em que o trabalho seja sinônimo de expressão humana, ao invés de significar a reprodução de tarefas extenuantes e repetitivas. Seria o fim dos subempregos.
O que sabemos hoje é que, sim, nossa relação com o trabalho vai mudar radicalmente nos próximos anos. Mas se vamos nos beneficiar mais do que nos prejudicar como sociedade, vai depender da forma como vamos conduzir essas mudanças. Regulamentações são essenciais nesse sentido. A Quarta Revolução Industrial está acontecendo, tem um potencial gigantesco e é irreversível. Acredito que seja menos sobre as tecnologias em si e mais sobre o paradigma a qual elas estão a serviço. Estas transformações podem nos dar a chance de diminuir ou aumentar o abismo socioambiental que estamos construindo. Tudo vai depender da lógica que estiver por trás das engrenagens.
Fontes:
Inteligência artificial que escreve sozinha é ‘como um papagaio’ e isso traz riscos, diz especialista do MIT – 22/02/2023 – Tec – Folha
6 Ferramentas de inteligência artificial para facilitar sua vida. Blog Rapha Falcão
Carl Benedikt Frey & Michael Osborne, 2013. The Future of Employment. Oxford Martin School.
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